sábado, 7 de março de 2015

Marcar a diferença

Das coisas do género que já li, esta é uma das quais com que mais me identifico. Um dos meus objetivos de vida é mesmo este: marcar a diferença, pela positiva, com discrição e subtilidade. Incentivar o altruísmo e a bondade e desejar única e somente uma coisa: paz interior proveniente da minha realização pessoal comigo própria e com os outros. É isto que tento ser todos os dias, uma pessoa melhor, uma mulher mais forte e determinada, a cada dia que passa, não renegando nem as minhas caraterísticas, nem os meus defeitos. 
Em vésperas do Dia da Mulher, partilho aqui um interessante texto que faz jus à ocasião. Desfrutem.

"A verdade é que se pode reconhecer uma mulher marcante a quilómetros de distância. Não é preciso sentir o perfume forte ou ver o batom vermelho. A mulher marcante dispensa acessórios, é completa em si mesma. Não precisa anunciar-se, porque tem o dom de não passar despercebida. A mulher marcante não pretende provocar a inveja alheia. Ser olhada com inveja não torna o seu dia mais alegre, pelo contrário, é-lhe indiferente.
A mulher marcante sabe bem do seu poder, por isso consegue admirar tranquilamente a beleza alheia, elogiar a grandeza de outra pessoa sem sentir-se diminuída. Uma vez ou outra ela sai bem vestida e bem maquilhada, mas por trás daquilo tudo ela ainda exala um aroma de naturalidade que encanta. Trata da sua beleza porque gosta, mas definitivamente não precisa. A sensualidade está presente, mas não se pode dizer de onde ela vem em concreto: está por todo o lado. A mulher marcante é, sobretudo, subtil. Ela não grita aos quatro ventos a própria virtude, ela não precisa de humilhar outras mulheres ou provocar ex-namorados. Ninguém jamais a abandona sem que depois se arrependa amargamente, e ela guarda um encanto que não deixa espaço para críticas maldosas.
Ela é do tipo que não falha promessas e não omite os próprios defeitos. Ela aceita-se e nunca se desculpa por ser quem é. Ela compreende a efemeridade das coisas e das pessoas, mas recusa-se terminantemente a ser efémera. E não poderia ser, mesmo que quisesse, porque ela sempre vem para ficar. Mesmo depois de ir embora, de alguma forma ela fica, porque é do tipo de mulher que não precisa de estar presente para se manter na lembrança dos outros.
A mulher verdadeiramente marcante nunca se diz melhor que as outras, embora em muitos aspetos ela seja. (...) A mulher marcante não se importa de ter gostos peculiares. Ela não segue tendências, mas também não persegue a originalidade a todo o custo. Ela não tem vergonha (nem orgulho) de dizer que gosta do que ninguém gosta, ou de que gosta do que todos gostam.
A opinião alheia nunca é um problema (...). Sem arrogância e sem egoísmo, ela chega para si própria. E por isso mesmo ela não sente necessidade de falar de si mesma, quase nunca.
Este tipo de mulher sofre constantemente com a inveja alheia, embora, na maioria das vezes, nem se quer se dê conta disso. Ela ocupa o seu tempo a tornar-se alguém melhor e a superar os seus próprios limites, ela gosta tanto de distribuir bons sentimentos que os sentimentos ruins passam despercebidos diante dos seus olhos. E isso torna-a, de certo modo, inatingível. Embora não queira, nem precise de incomodar, ela incomoda. E muito. Desperta, na verdade, uma enorme curiosidade em torno do que a faz tão atraente. Pouca gente entende. Não se sabe qual é o traço que chama tanta atenção, ninguém consegue identificar a virtude que a torna tão marcante. Mulheres marcantes são, sobretudo, raras.
É curioso: quanto mais ela se esconde, mais evidente fica. Quanto mais neutra procura ser. mais marcante se torna. Leveza é o seu sobrenome, a sua presença pesa como nenhuma outra."

Texto de Nathalí Macedo (adaptado)

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